segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Investimento de 2% do PIB combateria a pobreza

Se 2% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial fosse investido em dez setores estratégicos, seria o começo para a transição a uma Economia Verde. É o que aponta o relatório lançado pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

De acordo com o relatório, chamado de "Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza", a transição global para a Economia Verde contribuiria para o desenvolvimento e para o aumento da renda per capita refletida nos atuais modelos econômicos. Além disso, ao longo do tempo, o número de empregos "novos e decentes criados" - que vão desde o setor de energia renovável até o de agricultura sustentável - compensará os empregos perdidos na antiga economia de alto carbono.

Ainda segundo o relatório, esses 2%, que correspondem a US$ 1,3 trilhão por ano, fomentaria o crescimento da economia global a níveis provavelmente superiores aos dos atuais modelos econômicos. O relatório mostra ainda que esse montante equivale a 10% do investimento total anual em capital físico.

Entre 1% e 2% do PIB global é gasto em subsídios que, geralmente, prolongam a insustentabilidade do uso de recursos, como combustíveis fósseis, agricultura, água e pesca. Grande parte dessas ações ajuda a intensificar os danos ambientais e a ampliar a ineficiência da economia global. Segundo o Pnuma, diminuir ou eliminar essas ações poderia gerar múltiplos benefícios no processo de liberação de recursos para financiar uma Economia Verde.

"Com 2,5 bilhões de pessoas vivendo com menos de dois dólares por dia e com um aumento populacional superior a dois bilhões de pessoas até 2050, é evidente que devemos continuar a desenvolver e a fazer crescer nossas economias. No entanto, esse desenvolvimento não pode acontecer à custa dos próprios sistemas de apoio à vida na terra, dos oceanos e da atmosfera que sustentam as nossa economias e, por conseguinte, as vidas de todos nós", disse o subsecretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.



FONTE: www.correiodoestado.com.br

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